A moda, como um todo, é muito importante para a economia global. A indústria têxtil domina diversos ramos do mercado mundial, ditando tendências e influenciando financeiramente e politicamente. Entretanto, a produção em larga escala é vista como uma das mais poluentes e prejudiciais ao meio ambiente.
O setor têxtil é responsável por liberar 1,2 bilhão de gases de efeito estufa por ano, mas também por descartar corantes e desperdiçar desenfreadamente água e outros recursos naturais. Estima-se que US$ 500 milhões de roupas sem uso são descartadas em aterros sanitários. Por sorte, essa realidade tem sido mudada.
A preservação está na moda!
A sustentabilidade não pode ser mais ignorada. A moda sustentável já é vista como um diferencial têxtil, sendo trabalhada por grandes marcas da moda que buscam minimizar os impactos ambientais. Porém, o que não faltam são formas de preservação.
Entenda o que é moda sustentável
A moda sustentável não é uma tendência e, sim, uma necessidade. A mudança na cadeia produtiva recebe interferência, principalmente, do novo perfil de consumidor. Atualmente, quem compra, está também mais consciente, questionador e rígido quanto aos processos de produção.
Assim, podemos definir duas vertentes: a padrão, “Fast Fashion”, e a sustentável “Slow Fashion”. A fast opera com produções de larga escala, em ritmo desenfreado e que apela ao consumismo de sazonalidade. Já a Slow Fashion opta por baixa escala, mais focada em casar a produção com necessidade e durabilidade de peças.
7 dicas para unir moda e sustentabilidade
As pequenas e médias empresas têxtil já entendem que é preciso mudar. Entretanto, começar nem sempre é fácil! Por isso, separamos algumas dicas para auxiliar nesse processo que não só minimiza impactos como reposiciona uma marca no mercado. Veja:
1. Matérias primas sustentáveis
A principal característica da moda sustentável é optar por materiais com baixo custo de produção e tecidos sustentáveis, biodegradáveis, orgânicos, sem corantes e não artificiais. Alguns exemplos são:
Cânhamo, modal, liocel, fibra de bananeira, fibra de soja, lenpur, poliamida biodegradável e o próprio linho, tecido já muito conhecido. Atualmente, essas produções recebem certificado e zelo de comprometimento com a sustentabilidade.
2. Uso consciente de água pela indústria da moda
Na fabricação de apenas uma calça jeans é gasto 11 mil metros cúbicos de água. A solução é reutilizar esse recurso tanto nas fábricas quanto nas lavanderias de lavagens de peças.
3. Peças com durabilidade
A tendência da moda sustentável é produzir peças com ciclos mais duráveis, que possam ser utilizadas por mais vezes, gerando menos lixo. Marcas importantes, como H&M e Zara, investem nesse conceito de produção.
4. Reciclagem de resíduos
A indústria têxtil trabalha com muitos resíduos e retalhos e, por isso, a produção de lixo é alta e o descarte correto é um problema. Porém, o reaproveitamento de tecidos e do uso de sobras em peças customizadas conseguem reverter o problema.
5. Adequação da força de trabalho
A sustentabilidade também impacta na esfera social. A moda sustentável respeita um modelo produtivo que não sobrecarrega o trabalhador, readequando demandas e fazendo mais uso de automação industrial.
6. Apoio à moda dos brechós
O reaproveitamento de roupas deve ser sempre estimulado. O brechó é o melhor local para isso, já que consegue acessar pessoas de diferentes locais via internet e tem sido cada vez mais procurado pelos consumidores.
7. Uso de big data
Utilizar dados é uma forma eficaz de avaliar o setor e a produção, permitindo construir soluções sólidas que beneficiem a indústria e o consumidor.
Conserve as suas peças!
Os tecidos sustentáveis também precisam de cuidados únicos. Cada tipo terá as recomendações de lavagem, higienização e composição trazidas na etiqueta. Já sabemos que a durabilidade da peça é fundamental para o meio ambiente. Por isso, leia a etiquetagem com muita atenção. Elas são fundamentais!
Deixar um comentário