Nos últimos anos, foram criados diversos programas de incentivo ao crédito para microempresários e até uma nova categoria, o Empreendedor Individual. A ideia é estimular o crescimento desses profissionais e a formalização de quem que ter ou já tem um negócio próprio. Na área de corte e costura não é diferente. É possível se tornar um microempresário, sem ter que pagar impostos altos e, ainda, ter auxílio para administrá-lo. Para lhe ajudar, a MANEQUIM conversou com Jaqueline Almeida, gerente de atendimento individual do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e respondeu as principais dúvidas sobre o assunto.
Como se tornar uma costureira profissional?
As costureiras podem ser funcionárias em ateliês ou fábricas, ou ainda ter um negócio próprio. Neste último caso, independente do foco do trabalho (reformas ou confecção de roupas), ela pode prestar serviços como autônoma ou se formalizar na categoria Empreendedor Individual (EI).
Qual é a vantagem de formalizar o negócio?
Como Empreendedor Individual, o ateliê de costura você estará em uma situação regular e com registro no CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica). Desta forma, é possível conseguir empréstimos bancários com mais facilidade, fazer o pagamento do INSS (o que garantirá a aposentadoria), negociar com outras empresas, passar notas fiscais, além do acesso à orientação comercial gratuita oferecida pelo Sebrae.
Para uma costureira formalizar ou abrir um negócio, é preciso alugar um espaço ou dá para trabalhar em casa?
Em princípio, a costureira pode, sim, trabalhar em um cômodo da própria casa. Entretanto, é preciso consultar a situação legal do imóvel e pensar no número de pessoas que vão circular lá. “Antes de formalizar, verifique na prefeitura da sua cidade se naquele endereço residencial pode ser instalado mesmo seu negócio”, explica Jaqueline Almeida.
Qual é o primeiro passo para tornar o negócio oficial? Existe algum custo nesse processo?
A primeira etapa para se tornar um EI é se cadastrar no Portal do Empreendedor, esse registro é gratuito e pode ser feito por qualquer costureira com renda anual de até R$ 36 mil. No primeiro ano, o EI não tem praticamente nenhum custo ou taxação de imposto e a contabilidade é feita gratuitamente, por escritórios indicados pelo governo.
A quem recorrer para crédito?
Após a formalização a costureira conseguirá linhas de crédito com taxas baixas para Empreendedores Individuais em bancos federais (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) ou em bancos estaduais e algumas cooperativas de crédito. Como autônomo também há como conseguir empréstimos. O ideal é fazer uma pesquisa para conseguir a taxa de juro mais baixa.
Em quanto tempo é possível ter o retorno do dinheiro investido?
Segundo Jaqueline, para ter o retorno do capital inicial é necessário esperar, em média, 6 meses após a abertura do ateliê. “É preciso considerar as despesas com impostos, encargos, empregados, você só começa a ter lucro após um determinado prazo que pode variar de acordo com o nível e complexibilidade do negócio”, conclui.
Imagem: ThinkStock
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